Morrendo um pé na areia, mente elíptica,
corpo macilento abraçado no vestido leve, surrado. Desprendimento e agonia a percutir na matéria.
Como consumida pelo mar tranqüilo,
fico lá embaixo, de olhos bem fechados,
corpo a mercê de maiores forças,
sentimento de animal de água, corpo fundido ao sal,
sal fundido às células. Vai e vem de embalo marinho.
Sim, lá eu me senti forte, corajosa, importante,
animal selvagem parindo em pleno oceano.
Parindo um pé no céu, uma mente espiral e
um corpo austero, revestido de metafísica e nudez original.
Desprendimento e alforria a percutir pela matéria.
Por Lisys
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Mergulho Transcendente
Quando esse 'poema' foi gerado, desgracei-o durante um mês! Me senti uma mãe má, confusa e insignifante por sentir tais coisas. Cerca de 4 dias depois de seu aniversário de 1 mês, fui acometida e invadida pelo sentimento carregado e expressado nele, percebi que tudo o que ele queria dizer, estava em erupção dentro de mim. Assim, agora ele vive, e expressa o que deve, para quem quiser entender.
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5 comentários:
Adoro esse texto!!! EU fui o primeiro a vê-lo e o primeiro a compreender essa existência!!! Pois é, ele quase foi deletado... coitado! Mas, graças aos bons deuses, ele está aqui!
Tenham o prazer de sua degustação!!! =)
A mãe megera em muito me agradou. Lindo, lindo! Do tipo de leitura que a cada vez que lemos, descobrimos e sentimos algo novo
:P
Abraxas!
é ducaraleo.
Intenso, subjetivo, envolvente e desnorteante como uma maré.
gente, e vc following me... mas gente... sou eu que deveria follow vc, que delícia de texto, que delícia de tudo...
e tem tanto tempo que não leio nada tão bom... prazer, senhorita.
Esse é o meu favorito! É de uma subjetividade que, como Sonja bem disse, faz você perceber algo novo a cada leitura...
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