"- Sinos tocam.
- Amor?
- Não, morte."Quem ouviu e reproduziu por sua voz já não mais existe...
Morrendo um pé na areia, mente elíptica,
corpo macilento abraçado no vestido leve, surrado. Desprendimento e agonia a percutir na matéria.
Como consumida pelo mar tranqüilo,
fico lá embaixo, de olhos bem fechados,
corpo a mercê de maiores forças,
sentimento de animal de água, corpo fundido ao sal,
sal fundido às células. Vai e vem de embalo marinho.
Sim, lá eu me senti forte, corajosa, importante,
animal selvagem parindo em pleno oceano.
Parindo um pé no céu, uma mente espiral e
um corpo austero, revestido de metafísica e nudez original.
Desprendimento e alforria a percutir pela matéria.
Por Lisys